CAP


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História

Fundação

No ano de 1912, em 22 de maio, Joaquim Américo Guimarães, neto do Visconde de Nacar, um grande desportista, reuniu um grupo de amigos e resolveu fundar um clube de futebol. Deram o nome de International Foot-Ball Club, o que teria as cores preta e branca no seu uniforme. Dentre os fundadores destacavam-se Agostinho Ermelino de Leão Junior, Hugo Mader, Nestor Arouca, Ernest Siegel e Ernesto Dobler, membros da primeira diretoria eleita. Para capitão da equipe foi aclamado Edgard Torres e para 2º capitão Luiz de Paiva.

Logo a agremiação conseguiu muitos associados. Aos domingos, num terreno alugado (pertencia à família Hauer), na baixada da Água Verde, os jovens faziam torneios, reunindo até 9 equipes. Assim o futebol cresceu dentro do International. Uma dessas equipes, em 24 de maio de 1914, resolveu também se tornar independente. Tendo como presidente o Cap. Augusto do Rego Barros, surgia o América Futebol Clube, utilizando as cores vermelha e branca no uniforme. Em 21 de março de 1924, os diretores do International e do América reuniram-se para discutir uma fusão dos dois clubes, assunto que vinha sendo comentado há mais de um ano. Depois de muita conversa, resolveram se unir e, assim, surgiu o Clube Atlético Paranaense.

O primeiro jogo

A primeira partida de futebol (amistosa) que a nova agremiação realizou foi no dia 6 de abril de 1924, contra o Universal FC. e obteve vitória por 4x2. O Atlético jogou com Tapyr, Marrecão e Ferrário; Franico, Lourival e Malello; Smythe, Ari, Marreco, Maneco e Motta.

Os gols foram marcados por Marreco, Ari (2) e Malello. O árbitro foi José Falcine, atleta do Savoia, que mais tarde jogou no rubro-negro.

Década de 1920

Com a união de forças, o Clube Atlético Paranaense ficou uma equipe reforçada e pôde fazer frente aos mais temíveis esquadrões existentes como o Britânia, o Savoia, o Palestra Itália e o Coritiba. Realizando uma campanha brilhante, o Atlético conquistava seu primeiro título de campeão paranaense, em 1925.

Após ser vice-campeão por 3 anos seguidos (1926, 1927 e 1928), o Atlético Paranaense voltou a vestir a faixa de campeão em 1929.

Década de 1930

O Atlético era a melhor equipe do futebol paranaense no início dos anos 1930. Mantendo os mesmos jogadores que haviam se sagrado campeões em 1929, os reforços de Chumbinho e Érico, o Atlético tornou-se uma equipe que se impôs aos adversários. Em 1930, ganhou o título com uma vitória sobre o Coritiba por 3x2. Outro feito notável nesse ano, aconteceu no dia 21 de julho, quando em partida amistosa venceu o poderoso Corinthians por 1x0, gol de Marreco, uma grande conquista para o Atlético.

Em 1934, o Atlético Paranaense já era proprietário, em definitivo, do terreno da Baixada da Água Verde, e o estádio passou a ser denominado de Joaquim Américo Guimarães, sugestão de Alcídio Abreu, para homenagear o grande desportista que havia morrido em 1917.

Nesse ano, após tropeçar em 1931, 1932 e 1933, o rubro-negro voltou a ter uma equipe competitiva e fez bonito. Sagrou-se campeão paranaense de 1934. Na equipe campeã desse ano figurava como goleiro, o jovem Alfredo Gottardi, o "Caju", que viria a ser o maior ídolo de todos os tempos da torcida atleticana.

Em 1936, com apenas 12 anos de existência, o Atlético Paranaense conquistava seu quinto título paranaense, e dessa vez, de forma invicta.

Década de 1940 - Surgia o Furacão

O campeonato de 1940 foi muito disputado. Atlético e o Ferroviário lideraram o certame. O tricolor ferroviário conquistou o 1º turno, enquanto o Atlético Paranaense laureou-se no segundo. Era preciso uma decisão em "melhor de três pontos" para se conhecer o campeão. Em virtude de uma confusão acontecida no último jogo do returno, estava empatado o clássico em 2x2, quando o Ferroviário fez um gol, prontamente anulado pelo árbitro em razão de um impedimento. O antigo Britânia não se conformou e abandonou o campo aos 35 minutos do 2º tempo. O Tribunal de Justiça da Federação Paranaense de Futebol, julgando o caso, deu vitória ao Atlético - 3-2 - pois o Ferroviário se negara a continuar jogando. Este motivo anulou a "melhor de três". O clube ficou 180 dias suspenso e o Atlético Paranaense foi considerado campeão paranaense de 1940.

Em 1943, o Atlético Paranaense trouxe para o elenco o técnico e dois jogadores da Seleção Paraguaia de Futebol. Com a equipe reforçada e com mais qualidade, o rubro-negro voltou a mandar no campeonato. Dois turnos bem disputados. Coritiba campeão do primeiro turno e Atlético do segundo. Novamente, uma "melhor de três pontos" teria que acontecer, o Atlético Paranaense venceu os dois Atletibas por 3-2 e a torcida festejou o título de campeão.

A rivalidade entre o Atlético Paranaense e Coritiba andava em alta. Por duas vezes nos anos 1940 haviam decidido o título. Uma vitória para cada lado.

Em 1945, o campeonato seria decidido no maior clássico do futebol paranaense. O Atlético Paranaense foi campeão do 1º turno de forma invicta. O Coritiba foi o campeão do 2º turno. Seria realizada uma "melhor de três" para decidir o título. Foram partidas para entrarem na história do futebol paranaense. O Coritiba venceu a primeira por 2x1, no Belfort Duarte, atual Couto Pereira. A segunda foi vencida pelo Atlético Paranaense, na Baixada, por 5-4. A terceira partida foi marcada para o Estádio Belfort Duarte. Foi um jogo muito disputado. Terminou empatado no tempo normal - 1-1. O jogo foi para a prorrogação. Aos sete minutos o atacante Xavier, do Atlético Paranaense, fez o gol da vitória. Coritiba 1-2 Atlético Paranaense. A torcida fez uma das maiores festas, com carreatas, fogos de artifício e cânticos até o raiar do sol.

Em 1949, o Atlético Paranaense foi um "Furacão" que passou pelos campos do Paraná. Com a manchete de primeira página no extinto jornal Desportos Ilustrados do dia 20 de maio de 1949 anunciando a goleada do Atlético em cima do Britânia S.C. (no domingo, dia 19 de maio) em letras garrafais:O “Furacão” Levou o “Tigre” de Roldão, nasceu o apelido do rubro-negro paranaense. Não só o time de "49", como os demais times formados pelo clube, receberam o carinhoso apelido de Furacão e assim sendo, o termo furacão foi inserido no hino atleticano, não só para idolatrar o esquadrão de 1949, que arrasou todos os adversários com placares acima de quatro gols, mas também para representar a força que o clube tem junto a sua torcida e o receio e o respeito que seus adversários devem ter nos confrontos dentro das quatro linhas.

O Desportos Ilustrados, naquela edição de segunda-feira, 20 de maio de 1949 e sua manchete, não imaginava o momento histórico que estampava em sua primeira página. A partir daquele dia as manchetes de todos os jornais paranaenses só falavam do "Furacão" rubro-negro que liquidava as equipes adversárias sempre com goleadas. Em 1949 foram onze goleadas seguidas (recorde quebrado apenas 59 anos depois), tornando-se campeão paranaense daquele ano.

Era dos jejuns (1950-1981)

Depois de conquistar facilmente o campeonato paranaense de 1949, o Atlético-PR despencou terrivelmente, no início do ano 1950, que acabou apenas em 1982, período em que o torcedor atleticano quer esquecer. No total, O Atlético só conquistou 2 títulos nesse período: Paranaense de 1958 e de 1970.

Mas o pior estava por vir, em 1967 a situação financeira do clube despencou, e com uma campanha de somente três vitórias, onze empates e quatorze derrotas, o Atlético-PR foi rebaixado para a segunda divisão do paranaense de 1967. Quando surge Jofre Cabral e Silva que conseguiu tirar o time da segunda divisão e deu ânimo para os jogadores rubro-negros, trazendo os campeões mundiais de 1962 Djalma Santos e Bellini. Desta maneira os Rubro negros voltaram com tudo no paranaense de 1968. Mas ele acabou morrendo devido a um infarto, durante uma partida do clube, declarando momentos antes "Não deixem - nunca - morrer o meu Atlético!". Com a moral baixa, o Atlético-PR não conseguiu vencer o paranaense daquele ano.

Em 1970 o Atlético-PR conquistou o título de campeonato paranaense, goleando o Seleto por 4-1 jogando fora de casa. Depois, o Atlético-PR voltou a "pifar" novamente, sem conquistar um título até 1982, com os jogadores Washington e Assis, até hoje ídolos da torcida atleticana. Assim, o rubro-negro paranaense nunca mais passou por outro desses jejuns.

Era da revolução (1995-tempos atuais)

Em 1995, depois de perder de 5-1 para seu rival, Coritiba, assumiu uma nova diretoria, onde lançaram o "Atlético Total" um novo projeto estratégico do clube e que começou bem, com a volta do Atlético à Série A do Brasileirão de 96, ficando na oitava posição.

Em 1997, o antigo estádio Joaquim Américo foi derrubado para a construção do novo estádio. Em 2004 foi firmada uma parceria com a empresa fabricante de aparelhos celulares japonesa Kyocera, renomeando o estádio para Kyocera Arena. Em 2005, após 10 anos de contenda judicial, o Atlético-PR firmou acordo assumindo definitivamente o direito de uso do terreno vizinho.

Em 2001, o Atlético Paranaense vence seu primeiro Campeonato Brasileiro (final contra o São Caetano, onde ganhou por 4-2 e 1-0) e em 2004 foi vice, com o artilheiro Washington marcando um recorde histórico de trinta e quatro gols numa única edição do Campeonato Brasileiro. Em 2001, o grande nome dos jogos foi o artilheiro Alex Mineiro.

Recentemente, um episódio inusitado entrou para a história do futebol nacional. Classificado, à final da Libertadores de 2005, o clube não pôde fazer o 1º jogo da decisão em seu estádio, que mesmo sendo considerado na época[7] como o mais moderno da América Latina, não possui a capacidade mínima de 40 mil lugares exigida pelo regulamento, problema este que será suprido após a finalização da Arena da Baixada. Mesmo assim, a diretoria do Clube Atlético Paranaense investiu em regime de urgência um milhão de reais na construção de arquibancadas móveis para dar capacidade ao estádio para mais de 42 mil pessoas. Estas mesmas arquibancadas já haviam sido utilizadas no mesmo campeonato na fase anterior, em jogos realizados na América do Sul, sob o aval da CONMEBOL. Mesmo com a autorização oficial de uso das arquibancadas após vistoria do Corpo de Bombeiros e o órgão oficial de engenharia responsável pela vistoria entregues à CONMEBOL em tempo pelo Clube, a CONMEBOL transferiu o jogo à revelia para uma cidade distante de Curitiba, ao invés de indicar estádios no interior do Paraná, como Londrina ou Cascavel, que tinham estádios com esta capacidade como, por exemplo, o Estádio Olímpico de Cascavel. Assim, o Atlético-PR precisou mandar a partida no Estádio Beira-Rio, pertencente ao Internacional, onde empatou por 1x1. Na segunda partida, no Estádio do Morumbi, o Atlético-PR lutou mas sucumbiu no minutos finais e acabou levando quatro gols no final do jogo pelo time do São Paulo, diante de mais de 70 mil torcedores, perdendo o título da Copa Libertadores da América.

O Atlético-PR participou de três Taças Libertadores da América, em 2000, 2002 e 2005, quando foi vice-campeão na controvertida final.

Na Copa Sul-americana de 2006, o Atlético-PR também fez uma boa campanha, passando pelo Paraná Clube, River Plate e Nacional do Uruguai, chegando à semifinal do torneio, onde foi eliminado pelo Pachuca.

Em 2008, o Atlético-PR quebrou o recorde de vitórias seguidas do "Furacão de 49", ganhou 12 partidas seguidas, porém perdeu a final para o rival Coritiba. Em 2009, o Atlético-PR conquistou o Campeonato Paranaense, no ano do Centenário do seu maior rival, o time Coritiba.

Títulos
Nacionais

Campeonato Brasileiro de Futebol: 2001

Campeonato Brasileiro de Futebol - Série B: 1995

Estaduais

- Campeonato Paranaense: 22 Títulos

(1925, 1929, 1930, 1934, 1936, 1940, 1943, 1945, 1949, 1958, 1970, 1982, 1983,1985, 1988, 1990, 1998, 2000, 2001, 2002, 2005 e 2009)

- Copa Paraná: 2 Títulos

(1998 e 2003)

Torneios internacionais

- Shaka Hislop Cup: 2007
- Torneio Internacional Afro-Brasileiro: 1974
- Internationalen Schützi-Cup: 1991

Torneios nacionais

- Seletiva para a Libertadores: 1999

Torneios interestaduais

- Triangular Paraná - São Paulo: 1969
- Torneio Interestadual do Couto Pereira: 1977
- Torneio Cidade de Londrina: 2010[2]

Torneios estaduais

- Inicio: 6 vezes - 1936,1947,1955,1958,1987, 1988
- Torneio da Morte: 1980
- Copa Sesquicentenário do Paraná: 2003

Torneios municipais

- Torneio Jofre Cabral e Silva: 1968
- Taça João Todeschini: 1954
- Triangular José Milani: 1964
- Torneio Pinheirão: 1971

Categorias de base

- Challenger Brazil/USA (Sub-20): 2006,2007 e 2009 [carece de fontes?]
- Torneio Zona Sul: 1961
- Copa Major Jaspen: 1961
- Copa Cidade de Campo Largo: 1976
- Torneio Pedro Viana: 1981
- Torneio Independência: 1981
- Copa Diário Popular: 1983
- Copa Rádio Paraná: 1985
- Torneio de Inverno: 1988
- Campeonato Paranaense de juniores: 1997,2001,2004,2005 e 2006
- Taça Sul e Sudeste: 2001
- Taça Sub-19: 2001
- Taça Belo Horizonte de Juniores: 1996 e 2006
- Copa Tribuna de Juniores: 1961,1985,1986,1996,1997,2001,2002,2008,2009
- Dallas Cup: 2004 e 2005
- Copa Saprissa: 2006
- Torneio de Doetinchem: 2008
- Campeonato Paranaense juvenil: 2004,2006,2007
- Campeonato Metropolitano juvenil: 1949,1976,1976,1994,1995,2002,2003,2006
- Taça Governador de Santa Catarina (sub-17): 2003
- Campeonato Paranaense infantil: 2005
- Campeonato Metropolitano infantil: 2006,2007
- Copa do Brasil Sub-15: 2004
- Copa Umbro: 2004
- Torneio de Oberndorf: 2008
- Taça Argento Pinto Juvenil: 1937
- Campeonato Amador de Aspirantes: 1944
- Taça Cidade de Morretes: 1945
- Campeonato Oficial da Cidade: 1952
- Copa Gazeta do Povo de Juvenil: 1989
- Taça Curitiba: 1991 e 1997
- Torneio Campo do Trieste: 1994
- Taça Alberado: 1997
- Taça Oswaldo Magalhães: 1998 e 2000
- Taça Umbro de Futebol Juvenil: 2001
- Toreneio da Pessoa: 1984
- Campeonato Metropolitano infantil: 1984,1994,1996,2003
- Torneio Metropolitano infantil: 1988
- Copa Campina Grande: 1993
- Copa Garotinho de Ouro: 1994
- Taça Brasil infantil: 1994

Destaques

- Vice-Campeão da Copa Libertadores: 2005.
- Vice-Campeão do Campeonato Brasileiro: 2004.
- Copa Sudamericana.svg Terceiro colocado na Copa Sul-Americana: 2006.

Hino

Em 1968, a melodia do hino oficial do Atlético-PR “letra de Zinder Lins e música de Genésio Ramalho” foi gravada pela Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e regida pelo Capitão Benvenuto. O hino começou a ser criado no calor da conquista do bicampeonato paranaense invicto em 29/30, mas só foi oficializado em 68. Após a oficialização, foi eleito o Hino Mais Bonito do Brasil pela Rádio Record de São Paulo.

“Atlético! Atlético!
Conhecemos teu valor
E a camisa rubro-negra
Só se veste por amor. (bis)

Vamos marchar
Sempre cantando
O hino do Furacão
E no peito ostentando
A faixa de campeão.

Atlético! Atlético!
Conhecemos teu valor
E a camisa rubro-negra
Só se veste por amor. (bis)
O coração atleticano
Estará sempre voltado
Para os feitos do presente
E as glórias do passado.


Atlético! Atlético!
Conhecemos teu valor
E a camisa rubro-negra
Só se veste por amor. (bis)

A tradição, vigor sem jaça,
Nos legou o sangue forte
Rubro-negro é quem tem raça
E não teme a própria morte.

Atlético! Atlético!
Conhecemos teu valor
E a camisa rubro-negra
Só se veste por amor. (bis)”